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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

VOTO CONSCIENTE

 

   É ano de eleições. Vários candidatos a Prefeito e Vereador estão de olho no seu voto, para serem eleitos e, assim, poderem, legitimamente, governar o seu Município. O Bom político sabe governar bem todos e tudo num Município, e busca gerir os rumos de uma cidade da melhor forma possível. O bom candidato faz o bem a tudo e a todos. Uma pessoa má, interesseira ou egoísta, não saberá ser bom administrador do bem comum e da vida de todos. 
   Os Bispos do Brasil dão orientações para as eleições deste ano de 2016. Nestas, os Bispos ‘convocam os leigos e leigas para serem protagonistas antes, durante e depois do processo eleitoral, assumindo uma democracia atuante. A Igreja conclama que é preciso estar atento às fontes de arrecadação, bem como, prestação de contas por parte dos candidatos”.
   Ninguém pode abdicar da participação na política. Precisamos escolher e votar em candidatos honestos e competentes. O católico ou a católica que recebeu o dom de Deus para governar e cuidar do bem público, que recebeu de Deus vocação para atuar na política não pode se omitir. Hoje temos muitos políticos maus, porque sempre foram maus, interesseiros e corruptos, porque votamos mal e porque muitas pessoas boas acharam melhor não entrar na política. A política é uma nobre forma de caridade, como lembra nosso Papa Francisco: “devemos envolver-nos na política, pois a política é uma das formas mais alta da caridade, porque busca o bem comum. Se o político se tornou uma coisa suja, isso se deve também ao fato de que os cristãos se envolveram na política sem espírito evangélico”.
   Todos devemos participar das eleições municipais. É ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa. Nosso horizonte seja sempre a construção do bem comum. Digamos não à intolerância política. Nada de agredir ou difamar a outra pessoa: nunca! É fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência. 
   Importante é conhecer os candidatos e a sua proposta de trabalho, sabendo distinguir claramente as funções a que se candidataram. Aos prefeitos espera-se conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e poderes econômicos. Dos vereadores se requer ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo. 
   A igreja incentiva os cristão leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. No discernimento dos melhores candidatos, tenha-se em conta seu compromisso com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu testemunho na comunidade de fé, que não deveriam abandonar, nem antes e nem depois da Eleição. 
A partir do Evangelho de Jesus, a Igreja convida os cristãos a votarem em candidatos que se proponha a governar pelos pobres, e, a partir dos pobres, para todos. Só merece nosso voto quem já fez e está fazendo o bem para sua comunidade. Quem só promete não merece nosso voto. ( FONTE:
DOM JOÃO INÁCIO MÜLLER, Bispo da Diocese de Lorena/SP, página 6, PALAVRA DA IGREJA, revista CANÇÃO NOVA, Setembro 2016).
 

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