Páginas

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

PARALIMPÍADAS: VISIBILIDADE E RECONHECIMENTO


   Após um intervalo de quase 20 dias, o clima esportivo voltou ontem ao Rio de Janeiro com o início dos Jogos Paralímpicos. A edição bem-sucedida do evento em Londres, em 2012, lançou um grande desafio para outras cidades que sediam as competições envolvendo pessoas com deficiência, como é o caso da Cidade Maravilhosa. A Paralimpíada de Londres conseguiu um grande apoio da população e da mídia inglesa. Conseguir a mesma visibilidade  e o reconhecimento é uma tarefa difícil, mas possível. Para quem ainda não percebeu, o nome paralimpíada e a expressão atletas paralímpicos aparecem no Brasil sem a letra “o”. A mudança aconteceu para igualar o uso em todos os países de língua portuguesa. Voltando a Londres, o Brasil conseguiu o melhor desempenho da sua história em Jogos Paralímpicos. Foram 21 medalhas de ouro que garantiram a sétima posição no quadro de medalhas – ao todo, nossos atletas conseguiram 43 medalhas. Para os jogos que estão começando agora, o Brasil participa com a sua maior delegação na história das paralimpíadas: 279 atletas paralímpicos, sendo 181 homens e 98 mulheres. Participam também 23 acompanhantes. A expectativa é que o Brasil fique em quinto lugar. Exemplos de superação serão sempre relacionados aos Jogos Paralímpicos, que têm a sua história relacionada ao fim da Segunda Guerra Mundial. A volta dos soldados mutilados motivou o surgimento das primeiras competições esportivas para pessoas com alguma deficiência física nos Estados Unidos e na Inglaterra. Mas foi somente a partir da década de 1960, que as Paralimpíadas acontecem na mesma cidade dos Jogos Olímpicos. Todos que assistirem a uma competição dos Jogos vão enxergar superação, força de vontade, dedicação e sacrifício. Mas os atletas querem mais. Eles querem que as pessoas deixem de ver deficiência e percebam eficiência e alto rendimento. E essa visibilidade será importante para mostrar a importância do esporte como fator de realização pessoal, de saúde e de integração para as pessoas portadoras de deficiências. (FOLHA OPINIÃO, página 2, quinta-feira, 8 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

Nenhum comentário:

Postar um comentário