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sábado, 24 de setembro de 2016

O PARANÁ SOB OS EFEITOS DO LA NIÑA


   A sensação que o clima “ficou louco” será cada vez mais intensa nos próximos anos, principalmente por conta do aquecimento global. Os paranaenses, que tiveram um começo de 2016 com tempestades muito fortes, deverão ter um verão bem diferente, característico do La Niña. O fenômeno provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico e a primavera deve chegar com previsão de menos chuvas e mais calor. O El Niño, que influenciou o clima nos últimos meses, foi responsável por trazer chuvas muito intensas. Dentro do tema sustentabilidade, a Folha de Londrina fala hoje sobre as mudanças climáticas e as consequências dessas alterações para o planeta. Há alguns dias, a agência espacial americana (Nasa) anunciou que o mês de agosto passado foi o mais quente dos últimos 136 anos. Outra revelação científica também causa preocupação. Segundo a revista Science Advance , a camada de gelo altamente instável na Groenlânida está derretendo 7,6% mais rápido do que se pensava – fato que deve impactar ainda mais a subido do nível do mar. Pesquisas mostram ainda que o inverno demora mais para chegar e está cada vez mais curto. Enquanto isso, a primavera e o verão vem registrando temperaturas cada vez mais altas. Para o Brasil. O La Niña deve causar estiagem nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e, principalmente, no Sul. Já na região da Amazónia e do Nordeste há chances de intensificação das precipitações. Norte e Nordeste do Paraná, que enfrentaram chuvas acima da média no ano passado, podem sofrer com estiagem e calor intenso no verão. O risco de enchentes e alagamentos será menor, mas há possibilidades de tempestades intensas, principalmente na primavera, quando massas de ar frio circulam pela região. Mas o tempo seco que vem por aí preocupa porque aumenta as chances de incêndios florestais. Nesse sentido é importante conhecer as previsões para o próximo verão justamente para antecipar as ocorrências extremas e prevenir contra as catástrofes que causam prejuízo, sofrimento e mortes. As mudanças climáticas passaram a ser o centro do debate público em muitos países. É um dos maiores desafios dos nossos tempos porque impacta na produção agrícola, na manutenção das florestas, na biodiversidade, na disponibilidade hídrica e energética, ou seja, na vida do planeta. Portanto, é preciso que há comprometimento da sociedade para reduzir o aquecimento global, deixando para as próximas gerações a possibilidade  de viver bem e em paz na Terra. (FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, 24 e 25 de setembro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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