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sábado, 27 de agosto de 2016

DIFICULDADES PARA EXPORTAÇÃO


   Cento e oitenta países compram algum tipo de alimento do Brasil e, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), um em cada quatro itens do agronegócio em circulação no mundo era brasileiro em 2010. Até 2030, a expectativa é alcançar o índice de um em cada três. Mas para que isso aconteça são necessários mudanças. Afinal, o País é um dos líderes no mundo em produção e exportação de produtos agropecuários, mas enfrenta muitas barreiras tarifárias para entrar em grandes mercados mundiais, principalmente, para alimentos já processados. Reportagem da Folha Rural , hoje, traz dados do informativo especial de agosto da Confederação da Agricultura do Brasil (CNA), revelando que as taxas de importação no Japão chegam a variar de zero para insumos a 469,7% para misturas e pastas de milho para preparação de produtos de padaria , no caso mais extremo. Essa diferença dificulta a venda para o exterior de nossos produtos industrializados do agronegócio. Analistas ouvidos pela FOLHA observam que para avançar nesse quesito, o Brasil precisa resolver problemas como a menor tributação para exportação de produtos primários do que para os industrializados. Também é necessário conquistar um maior número de acordos internacionais de comércio e discutir a falta de políticas que favoreçam a abertura de mercados ou que exijam percentual mínimo de compra de itens beneficiados. A Lei 87/1996, que ficou conhecida como Lei Kandir, também é alvo de críticas, pois desonera a exportação de produtos primários enquanto outros países, como a Argentina e a China, têm taxa de exportação mais alta para produto básico do que para industrializado. Para alcançar o objetivo de colocar mais alimentos brasileiros nas mesas estrangeiras, é preciso que o governo tenha como foco a eficiência e a redução da burocracia.(FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sábado, 27 de agosto de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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