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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

ÁLCOOL ENTRE OS JOVENS


   Os adolescentes brasileiros começam cada vez mais cedo a consumir bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. É o que mostra uma pesquisa divulgada na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e realizada em 2015 com alunos do 9º ano do ensino fundamental de todo o País. Responderam ao questionário 102.301 estudantes de um universo de 2.630 milhões de alunos desta série. A maioria dos adolescentes pesquisados tinha entre 13 e 15 anos. 
   Mais da metade dos entrevistados (55%) relatou já ter tomado ao menos uma dose de bebida alcoólica, proporção superior aos 50,3% registrados em 2012. Houve redução dos jovens que informaram ter consumido bebidas alcoólicas nos 30 dias anteriores à pesquisa. Em 2012, 26,1% disseram ter bebido recentemente, porcentual que caiu para 23,8% em 2015. Esse dado é importante porque o uso nos últimos 30 dias indica hábito ou vício. 
   O dado mais preocupante foi o que mostrou que, tanto em 2012 como em 2015, um em cada cinco jovens teve pelo menos um episódio de embriaguez. Estados da região Sul estão entre os que registraram maior índice de consumo de álcool nos 30 dias anteriores à pesquisa. Quanto às drogas ilícitas, uma pequena proporção de 0,5% revelou ter consumido crack nos 30 dias anteriores à pesquisa. No universo total de alunos do 9º ano, seriam 13 mil usuários da droga, mesmo que eventuais. 
   Nove por centos dos entrevistados revelaram ter experimentado alguma droga ilícita em 2015, proporção maior que dos 7,3% de 2012. Por outro lado, houve pequena redução entre os jovens que já fumaram cigarro. A proporção dos que experimentaram pelo menos uma vez caiu de 19,6% em 2012 para 18,4% em 2015. 
   Os resultados dessa pesquisa são um alerta para os pais e educadores porque tantos os hábitos saudáveis quanto os não saudáveis têm a tendência de serem adquiridos e reforçados na adolescência. No momento de pensar em campanhas de conscientização sobre os riscos do alto consumo de bebidas alcoólicas, autoridades de saúde devem levar em consideração também o publico adolescente e seus familiares. (FOLA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br segunda-feira, 29 de agosto de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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