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quinta-feira, 23 de junho de 2016

UMA HISTÓRIA FEITA AMOR E TALENTO


   Quem hoje por aqui aporta não faz a menor ideia de como foi o início deste diário tão lido e respeitado em nosso todo Estado e País. No final da primeira metade do século passado um jovem catarinense cheio de ideias e vazio de recursos aventurou-se pelas lides jornalísticas. Lutou com as dificuldades físicas próprias das cidades iniciantes e também com a descrença da diminuta população existente naquela época em nossa região. Os desbravadores que aqui chegavam, em sua grande maioria, tinham uma índole rude, própria dos grandes desbravadores. Uns poucos, intelectualmente avançados, deram sustentação e apoio ao projeto do jovem João Milanez. Com o passar dos tempos, o jornal foi transpondo barreiras e suas caixas de linotipos, arcaicos e ultrapassados, deram lugar a uma empresa de realce, já conhecida e aceita pela população. Colaboradores, imbuídos do mesmo ideal do chefe, abraçaram a causa e começaram dar feição a este diário tão querido que hoje nos é permitido flanar pelos seus escritos.
   Ao comandante foram–se juntando pessoas que deram cara ao periódico e para citar apenas algumas poucas nos vem à memória um menino, recém-chegado de Minas Gerais, que todas as madrugadas saía pedalando em sua bicicleta pelas ruas da incipiente cidade, para entregar o tímido e iniciante jornal. Com o passar do tempo esse menino galgou posições dentro da organização e incorporou a sua origem ao nome e ficou conhecido por Mineiro. Também nos vêm à memória Estelio Feldman que nos brindava quase todos os dias, com seus escritos. Com o passar do tempo, os dois companheiros, alicerçado por sólida amizade, fundaram uma empresa para distribuir o jornal a cada ponto do nosso Estado. No início da madrugada, dezenas de fuscas perfilavam-se defronte à gráfica da Folha de Londrina, aguardando os primeiros exemplares impressos. Depois de carregados, partiam céleres aos seus destinos e que algumas vezes distavam várias centenas de quilômetros. O leitor desses pontos afastados ao abrir o seu jornal não imaginavam os périplos acontecidos para que aquilo ocorresse. (EDSON MEDARDO SCARCHETTI, bacharel em Teologia em Londrina, página 2, ESPAÇO ABERTO, quinta-feira, 23 de junho de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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