Páginas

sábado, 9 de abril de 2016

SEM AJUDA


   As mudanças climáticas têm impactado diretamente na vida das pessoas. Além do aumento das temperaturas, há registros de tempestades – e junto com o rastro de destruição provocado pela “fúria da natureza” vêm os prejuízos. Parte da população perde suas casas, mobília, roupas, alimentos e, além disso, há também danos à própria infraestrutura das cidades. O trabalho de reconstrução é lento e burocrático. No entanto, fica pior quando a ajuda oficial, prometida e acatada dentro dos parâmetros legais, não chega. 
   De 50 cidades paranaenses atingidas por algum tipo de desastre natural no ano passado, apenas 7 receberam repasses diretos do Ministério da Integração Nacional para obras de reconstrução. Em vários municípios a reclamação é a mesma: mesmo após o reconhecimento da situação de emergência ou, em casos mais graves, de estado de calamidade pública, nenhuma verba foi destinada pelos governos federal e estadual. Estes últimos justificam o não repasse pela ocorrência de erros cometidos pelos municípios ao montar o processo. 
   O cumprimento de formalidades é importante até para garantir a veracidade e a necessidade do processo. No entanto, há que se prever os recursos necessários aos municípios afetados até porque a maior prejudicada é a população. É fato que o Brasil não está preparado para lidar com os desastres naturais. Não há um plano de enfrentamento ao problema, tanto que as situações acabam por se repetir em várias regiões e municípios. Também cabe acrescentar as pessoas também devem ser responsabilizadas porque insistem em ocupar áreas de risco.
   Às autoridades cabe o cumprimento da lei e à garantia do bem-estar da população. É preciso o desenvolvimento dos planos de contingenciamento para prevenção de desastres naturais até mesmo porque a ocorrência desses fenômenos vai aumentar. Também cabe aos cidadãos cobra mais ações nesse sentido. As pessoas não podem continuar desassistidas. ( FOLHA OPINIÃO opiniao@folhadelondrina.com.br página 2, sábado, 9 de abril de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

Nenhum comentário:

Postar um comentário