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sábado, 30 de janeiro de 2016

SEXO SEGURO É UM DOS ALIADOS DA FERTILIDADE

Cerca de 12 milhões de casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) devem surgir por ano no BrasiL

   Brasília – Grave problema de saúde pública , as DSTs estão entre as principais causas de infertilidade , além de desencadearem outras complicações sérias como aborto, doenças neonatais e até mesmo o câncer de colo do útero devido a infecção pelo HPV. “A fertilidade de ambos os sexos pode ser comprometida por DSTs. Essas infecções quando não são tratadas logo e adequadamente, podem causar danos irreversíveis ao aparelho reprodutor”, esclarece os médicos Jean Pierre Barguil Brasileiro e Vinícius Medina Lopes, especialistas em Reprodução Assistida e diretores do Instituto VERHUM, referência nacional na área. 
   A Organização Municial de Saúde (OMS) estima que cerca de 12 milhões de novos casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) devem surgir no Brasil a cada ano. Nas mulheres, doenças como a gonorreia e a clamídia, por exemplo, causam inflamação das trompas, provocam a obstrução no local, impedindo a gravidez pelo processo natural ou causando a gestação octópica. Nos homens, essas patologias obstruem os condutos deferentes, os canais por onde passam os espermatozoides. Segundo os especialistas, evitar infecções é fundamental para preservar a fertilidade. 
   Adotar um comportamento sexual responsável, como usar preservativo em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal), e evitar ter vários parceiros, pode reduzir significativamente o risco de infecção por DST. “Usar camisinha ainda é a forma mais simples e eficaz para evitar as DSTs e suas consequências”, recomenda Jean Pierr Barguil Brasileiro. Além de evitar a gravidez indesejada, o sexo seguro previne várias doenças. 
   Transmitidas, principalmente, por contato sexual sem proteção com uma pessoa que esteja infectada, as DSTs são causadas por vários agentes etiológicos (infecciosos) como vírus, fungos, protozoários e bactérias. A transmissão também pode acontecer da mãe para o bebê durante a gravidez ou o parto, através do compartilhamento de agulhas e seringas e nas transfusões de sangue. 
   A gonorreia, a clamídia, o HPV, a tricomoníase, a sífilis, cancro mole, herpes genital, hepatite B e a Aids são as DSTs mais conhecidas. O Papiloma Vírus Humano (HPV) é considerado uma das doenças sexualmente transmissíveis de maior incidência no mundo. O câncer de colo do útero, conhecido como cervical, é causado pela infecção persistente de alguns tipos de HPV. 
   Feridas (úlceras) dolorosas ou não, verrugas e bolhas nos órgãos genitais, corrimento, mau cheiro, dor pélvica, ardência ou coceira, sentidas principalmente no ato de urinar ou durante as relações sexuais podem ser sinais de DST. “Ao perceber qualquer um desses sintomas, é importante procurar imediatamente o médico e fazer com que o parceiro faça o mesmo. Se diagnosticada alguma doença sexual, o tratamento deve ser feito pelo casal. Se só um dos parceiros tratar, o problema persistirá e poderá evoluir causando complicações graves”, esclarece o médico Vinícius Medina Lopes. “Os exames preventivos anuais também são indispensáveis, uma vez essas doenças podem evoluir de forma assintomática”, acrescenta o especialista. ( AGÊNCIA ESTADO, página 2, caderno Folha Cidades, sábado, 30 de janeiro de 2016, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).  

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