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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

INCENTIVO À LEITURA


   Não faz parte da cultura dos brasileiros o hábito da leitura. Por razões históricas, como explicou o professor Cesar Nunes, da Universidade de Campinas, em entrevista à FOLHA, a população não foi educada para ler. No entanto, muitos séculos depois não foi possível reverter essa tendência, assim como os países europeus fizeram. E o resultado pode ser visto agora: um povo que náo é capaz de acompanhar atentamente os atos de seus chefes de Estado e que está mais interessado em continuar a receber benefícios sociais do que em buscar capacitação e qualificação profissional. 
   Sem leitura não há uma população crítica, capaz de interpretar e entender os fatos narrados diariamente pela imprensa e as consequências dessas ações. O Brasil é um dos países que menos lê. Segundo a Câmara Brasileira do Livro , o índice de leitura do País é de 1,86 livros por pessoa; em Portugal o percentual é de 10,3; na Espanha chega a 15 e, na França 22. É uma diferença muito grande e que deve ser revertida.
   É fato que se os adultos não têm o hábito dificilmente as crianças irão procurar livros, jornais ou revistas. Atualmente a variada gama de produtos eletrônicos certamente contribui para o afastamento da leitura. É claro que não é o único fator e, por isso , é preciso trabalhar incansavelmente para reverter esse cenário até mesmo porque pesquisas indicam que vêm caindo o número de pessoas que declaram ter o hábito de ler. Levantamento Fecomercio RJ/Ipsos, feita em 2014, aponta que o índice 35% em 2010 e caiu para 30%. A pesquisa não considera que ver TV é um hábito cultural. 
   As escolas têm papel fundamental porque são capazes de formar novos leitores. Ler para as crianças, contar histórias e incentivá-las são atitudes que podem fazer toda a diferença na formação dos cidadãos. O que não pode continuar a ser feito é apenas reclamar da qualidade do ensino e da corrupção. É preciso agir. ( FOLHA OPINIÃO folhaopiniao@folhadelondrina.com.br página 2, segunda-feira 25 de janeiro de 2016. Publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).

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