É uma daquelas situações sobre
as quais, em algum momento de nossas vidas, paramos para refletir e decidir se
as viveremos ou não. Alguns a esperam. Outros a repelem. Há aqueles que não a
querem, mas são forçados a vivê-la, enquanto outros a desejam profundamente,
mas simplesmente não podem ter o privilégio. Outros ainda preferem postergá-la
para... bem, não se sabe para quando ou para que.
Se procurarmos um motivo racional para aceitar vivê-la, não haverá resposta que não leve ao egoísmo. Por outro lado, se decidirmos a vivê-la sem pensar demais, apenas naturalmente vivendo, devemos ter em mente o alerta sobre o risco de estarmos expostos a um amor sentido de forma única e incondicional.
Eu decidi que queria viver essa situação ao lado da mulher que amo. Ela concordou. Como saber se já é hora? Acho que nunca se sabe. A gente simplesmente... decide que é hora. Ao menos no nosso caso foi assim. Dificuldades e desafios? A vida está cheia deles. Isso não é problema.
Mas de repente eu ouço aquele coraçãozinho rufando como um tambor que anuncia um espetáculo prestes a começar. Tudo para. Para mim, uma apresentação inédita que de várias formas imaginei, mas que chegou como um sentimento que eu antes nunca havia experimentado. Esse momento me fez lembrar que uma situação é inexplicável quando somente somos capazes de nos expressar por lágrimas.
Naquele exato instante fui desmontado e completamente reconstruído como ser humano. Senti ao mesmo tempo a alegria por uma nova vida e a total responsabilidade por ela. A partir dali, percebi que, aconteça o que acontecer e ainda que por algum motivo não me seja permitido estar perto daquele coraçãozinho, nada, nunca mais, será igual. Desde então, uma frase me elevou, pesando sobre mim: vo ser pai. ( WILLIAN GALLERA GARCIA, analista judiciário em Londrina, página 3, FOLHA 2, espaço CRÔNICA, quarta-feira, 2 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
Se procurarmos um motivo racional para aceitar vivê-la, não haverá resposta que não leve ao egoísmo. Por outro lado, se decidirmos a vivê-la sem pensar demais, apenas naturalmente vivendo, devemos ter em mente o alerta sobre o risco de estarmos expostos a um amor sentido de forma única e incondicional.
Eu decidi que queria viver essa situação ao lado da mulher que amo. Ela concordou. Como saber se já é hora? Acho que nunca se sabe. A gente simplesmente... decide que é hora. Ao menos no nosso caso foi assim. Dificuldades e desafios? A vida está cheia deles. Isso não é problema.
Mas de repente eu ouço aquele coraçãozinho rufando como um tambor que anuncia um espetáculo prestes a começar. Tudo para. Para mim, uma apresentação inédita que de várias formas imaginei, mas que chegou como um sentimento que eu antes nunca havia experimentado. Esse momento me fez lembrar que uma situação é inexplicável quando somente somos capazes de nos expressar por lágrimas.
Naquele exato instante fui desmontado e completamente reconstruído como ser humano. Senti ao mesmo tempo a alegria por uma nova vida e a total responsabilidade por ela. A partir dali, percebi que, aconteça o que acontecer e ainda que por algum motivo não me seja permitido estar perto daquele coraçãozinho, nada, nunca mais, será igual. Desde então, uma frase me elevou, pesando sobre mim: vo ser pai. ( WILLIAN GALLERA GARCIA, analista judiciário em Londrina, página 3, FOLHA 2, espaço CRÔNICA, quarta-feira, 2 de dezembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).
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