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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

UM OLHAR SUSTENTÁVEL SOBRE A CIDADE


   O atual modelo econômico que torna o crescimento econômico como meio para conter os problemas ambientais, está falido. Ao colocar o econômico em primeiro plano, o sistema aumenta as diferenças e as degradações em vez de diminuí-las, não equilibrando equitativamente as áreas econômica, social e ambiental. 
   Sustentabilidade é um conceito percebido dentro de um tempo e espaço, sendo que a sustentabilidade ambiental é a relação harmônica entre o econômico e ecológico. Como é dinâmica, tem o objetivo de encontrar um ponto compatível entre a ação humana e o meio ambiente (espaço) no tempo. A relação entre natureza e ser humano, porém, é insustentável.
   Os problemas ambientais devem ser analisados no contexto urbano, numa visão holística e integrada, pois o controle, a manutenção e a requalificação dos espaços devem ser objeto de estudo da gestão ambiental, considerados patrimônio da sociedade e preservados tanto para a população atual quanto para as próximas. 
   Os serviços ambientais naturais ajudam a manter a qualidade do solo, do ar e da água, assim como a qualidade da vida dos humanos, destarte, a preservação da fauna, flora e animais. Os seres vivos são essenciais para o equilíbrio e a sustentabilidade, tanto do mundo como das cidades,. 
   As cidades e o meio ambiente se encontram em condição de risco. Um exemplo é a Mata do Godoy, que corresponde a 1% do território de Londrina, possui mais de 300 espécies de aves, 60 de mamíferos e 200 de árvores e é considerada um “ar condicionado verde”. 
   Assim a zona de amortecimento do local é essencial para manter um equilíbrio entre a mata preservada e o meio urbano, porém mesmo com a Lei nº 9.985/2000, nada ainda acontece nesse sentido. 
   Outro ponto relevante é a arborização das cidades como meio de mitigar os problemas causados pela urbanização. A presença de áreas verdes influencia no clima, na temperatura e na umidade, sendo assim, percebe-se a necessidade de políticas públicas na gestão do meio ambiente. Essa arborização deve estar em harmonia com o ecossistema em que o meio urbano está inserido, precisando ocorrer a manutenção, poda, segurança e saúde das plantas. 
   Sem a arborização e sua manutenção, a conservação das matas verdes e das zonas de amortecimento, a não poluição do solo, do ar e da água e a reciclagem dos resíduos sólidos, a relação é insustentável. São formas de mitigar os problemas ambientais, porém insuficientes ao real problema ambiental e de sustentabilidade. 
   A discussão sobre os impactos danosos ao meio ambiente por causa do desenvolvimento originou uma nova questão sobre as perspectivas de crescimento econômico. Ela aponta para uma necessidade de agir com mais responsabilidade sobre o meio ambiente e os indivíduos, pois a visão humana é utilitarista e imediatista. ( NICOLE CECI MOSTAGI, mestranda em Administração na UEL, página 2, espaço ponto de vista, quinta-feira, 5 de novembro de 2015, publicação do JORNAL DE LONDRINA). 

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