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sábado, 28 de novembro de 2015

O AGRONEGÓCIO NO MUNDO DA MODA



   Com o foco de trabalho em estilistas e confecções, o instituto Vale da Seda, sediado em Nova Esperança ( Noroeste) , tem por objetivo agregar valor à seda por meio de produtos acabados como roupas, lenços e outros acessórios. Vladimir Correa, auxiliar administrativo da entidade, afirma que o Paraná exporta mais de 90% da seda crua, matéria-prima que acaba voltando para o Brasil em forma de tecidos com alto valor agregado. “Queremos começar a produzir esse produto acabado aqui”, observa Correa.
   O Vale da Seda possui um show room em Nova Esperança com produtos elaborados por confecções,  estilistas e estudantes de moda. “Com as confecções, queremos exportar o produto final”, acrescenta ele. O auxiliar afirma que no instituto existem diversos polos de produção com capacidade de atender toda a demanda que o mercado necessita.
   Correa destaca qe o setor possui mão de obra o suficiente para fazer esse trabalho. A área onde o Vale da Seda está delimitada, na bacia hidrográfica do Rio Pirapó (Noroeste), envolve 29 municípios da região Noroeste do Estado. A sede do Instituto está localizada em Nova Esperança.

   POLO PRODUTOR


   Oswaldo José da Silva Pádua, membro da Câmara Técnica da Produção de Seda de Nova Esperança, afirma que o mercado da seda está aquecido e que os produtores estão conseguindo fazer caixa com a atividade graças aos bons preços pagos pelo casulo. “Há muitos produtores que estão entrando e outros que estão renovando a sua área de amoreiras”, comemora Pádua.
   Hoje, o gerente explica que o setor está mais dinâmico, principalmente com a automação dos bosques. Dentro dos barracões colheita, em muitas propriedades paranaenses, é mecanizada, ou seja, a máquina recolhe e limpa o casulo ao mesmo tempo. Além da tecnologia de automação, Pádua afirma que há também novas variedades de amoreiras no mercado já mais produtivas,  ou seja,  com uma maior quantidade de folhas por planta.
   Pádua destaca que há produtores que têm conseguido elevar os seus índices de produtividade, alguns chegando a produzir até 1.500 quilos de casulos por hectare (kg/ha), mas é média paranaense está em 580 kg/há . “Acompanhamos 18 propriedades, sendo uma constante registrarmos uma produtividade de 1.100 kg/há, enaltece o especialista.
   Conquistar esses altos índices de produtividade não é uma tarefa fácil, mas Pádua frisa que os sericicultores contam com um trabalho em conjunto do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), institutos de pesquisas e também da Bratac, única indústria do setor no País. Pádua afirma que os preços recebidos pelos produtores na região têm ficado em torno de R$ 17 o quilo do casulo. Dependendo da qualidade, o especialista afirma que pode chegar a R$ 20 /kg. (R.M) ( RICARDO MAIA, Reportagem Local, página 5, Folha Rural, sábado, 28 de novembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA).  

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