Incômodo respiratório costuma
estar associado a sinusite, asma ou problemas gástricos. Se persistente, não
deve ser ignorado.
Uma das principais queixas nos
consultórios médicos, a tosse é um alerta irritante do corpo de que há algo de
errado. Pode ser sinal de um problema respiratório simples, de um problema
grave que atinge os pulmões ou até mesmo de complicações gástricas. O certo é
que, persistindo por mais de 3 semanas, ela não pode ser ignorada e precisa de
avaliação médica.
“ A tosse é a queixa mais comum no
consultório do pneumologista, até porque ela é sintoma de muitas doenças. Por
isso, quem está tossindo há mais de três semanas precisa de uma avaliação
médica, para verificar se há algo mais grave “, afirma o pneumologista Marcelo
Tuleski, do Hospital Ipo.
O principal a ser descartado num quadro de tosse persistente é um caso de tuberculose. A doença ainda é um problema sério de saúde pública no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde , 70 mil novos casos de tuberculose são registrados no país por ano. O número fez o Brasil ocupar a 17ª posição posição entre os 22 países responsáveis por cerca de 80% do casos de tuberculose no mundo.
“ Embora não seja a principal causa das tosses persistentes, a tuberculose é a mais grave delas “, explica o infectologista Bernardo de Almeida, do Hospital de Clínicas de Curitiba, Outras causas comuns para a tosse que dura mais de três semanas são as asma, a sinusite crônica e o refluxo gastroesofágico.
Nos dois primeiros casos, o inverno é um fator que influencia negativamente. A piora da tosse nos dias mais frios, inclusive, é levada em consideração na hora de fazer o diagnóstico. Quando o médico desconfia de sinusite crônica, pode solicitar uma tomografia. Mas na maioria das vezes, apenas o exame físico e o histórico clínico do paciente são usados para diagnosticar o motivo da tosse.
Nesse histórico, o médico observa, por exemplo, se o paciente passou por um quadro infeccioso recente das vias respiratórias. Em muitas situações, a tosse é só um rescaldo do estrago feito pela infecção. Assim, nada mais é que um quadro pós infeccioso. Pode durar até um mês, tempo necessário para reabilitação completa das estruturas afetadas pela infecção.
“ Quanto mais intenso o quadro de infecção, maior o estrago e mais tempo para o organismo se recuperar. Daí a tendência de ficar tossindo “, diz Almeida.
O principal a ser descartado num quadro de tosse persistente é um caso de tuberculose. A doença ainda é um problema sério de saúde pública no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde , 70 mil novos casos de tuberculose são registrados no país por ano. O número fez o Brasil ocupar a 17ª posição posição entre os 22 países responsáveis por cerca de 80% do casos de tuberculose no mundo.
“ Embora não seja a principal causa das tosses persistentes, a tuberculose é a mais grave delas “, explica o infectologista Bernardo de Almeida, do Hospital de Clínicas de Curitiba, Outras causas comuns para a tosse que dura mais de três semanas são as asma, a sinusite crônica e o refluxo gastroesofágico.
Nos dois primeiros casos, o inverno é um fator que influencia negativamente. A piora da tosse nos dias mais frios, inclusive, é levada em consideração na hora de fazer o diagnóstico. Quando o médico desconfia de sinusite crônica, pode solicitar uma tomografia. Mas na maioria das vezes, apenas o exame físico e o histórico clínico do paciente são usados para diagnosticar o motivo da tosse.
Nesse histórico, o médico observa, por exemplo, se o paciente passou por um quadro infeccioso recente das vias respiratórias. Em muitas situações, a tosse é só um rescaldo do estrago feito pela infecção. Assim, nada mais é que um quadro pós infeccioso. Pode durar até um mês, tempo necessário para reabilitação completa das estruturas afetadas pela infecção.
“ Quanto mais intenso o quadro de infecção, maior o estrago e mais tempo para o organismo se recuperar. Daí a tendência de ficar tossindo “, diz Almeida.
MEDICAÇÃO
Quando a tosse é um sintoma
pós-infeccioso, o jeito é esperar. Xaropes e receitas caseiras – como gargarejo
com água e sal – podem ajudar a aliviá-la. Mas só mesmo a melhora das mucosas
afetadas pode eliminá-la. Em outros casos, se o motivo da tosse não for
tratada, ela não vai embora. A tosse só
é medicada quando se torna crônica e, mesmo em se tratando a causa base, não
melhora. Para esses paciente, é utilizado um medicamento chamado cadeina.
Parente da morfina, essa substância age no mecanismo do cérebro que provoca o
estímulo da tosse.
O acesso à cadeína é controlado, feito apenas com prescrição médica. ( CAROLINE OLINDA/GAZETA DO POVO ).
O acesso à cadeína é controlado, feito apenas com prescrição médica. ( CAROLINE OLINDA/GAZETA DO POVO ).
CLASSIFICAÇÃO
De aguda à crônica
·
3 semanas
Tosse crônica
Tosse crônica
Em geral, causada por um quadro infeccioso
que afeta as vias aéreas superiores e até o pulmão. Costuma vir associada a
outros sintomas, como febre e dores. Precisa ser avaliada por um médico para
descartar doenças graves, como tuberculose.
·
3 a 8 semanas
Tosse sub-aguda
Tosse sub-aguda
Normalmente
é evolução de um quadro infeccioso.
Nesse caso, a permanência da tosse pode ser sinal de que a virose, por exemplo
evoluiu para um traqueo-bronquite aguda. Pode ser indicação também de que a
mucosa também atingida pela infecção ainda não se recuperou completamente.
· * 8 semanas ou mais
Tosse crônica
Algo está errado. Pode ser uma alergia,
reação a algum medicamento e até refluxo gastroesofágico. Precisa ser analisada
por um médico, que irá fazer uma avaliação física do paciente e do histórico
clínico , além de solicitar exames laboratoriais.
INCIDÊNCIA
TUBERCULOSE É A DOENÇA MAIS PERIGOSA
TUBERCULOSE É A DOENÇA MAIS PERIGOSA
A doença não costuma ser a principal causa
da tosse crônica, mas é a mais perigosa. No ano passado, 2.152 pessoas
contraíram tuberculose no Paraná, uma incidência de 19,4 casos para cada 100
mil habitantes. Em todo o país, foram 67.966 novos casos em 2014. O Amazonas é
o Estado com maior incidência da doença. ( Página 7, geral , RESPIRAÇÃO, publicação
do JORNAL DE LONDRINA, segunda-feira, 5 de outubro de 2015).
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