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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

TESTES EM RECÉM-NASCIDOS LONGE DO IDEAL




   Mesmo indicando doenças graves, exames feitos na primeira semana de vida ainda são deixados de lado

Rio – Os primeiro exames feitos com bebês  como os testes do pezinho, da orelhinha, e do olhinho ainda estão em patamares distantes do ideal no país, apontou o IBGE. Segundo pesquisa do órgão, o teste do pezinho, essencial para o diagnóstico de doenças graves como fenilcetonúria e anemia falciforme, que prejudicam o desenvolvimento  foi feito por 70% das   crianças na primeira semana de vida. “Isso significa que 30% das crianças não fazem o teste na primeira semana de vida, o que atrasa em muito o diagnóstico de doenças que precisam ser tratadas o quanto antes”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Pediatria, Eduardo Eduardo da Silva Vaz.  Segundo Vaz, é surpreendentes os percentuais muito baixos de realização de teste na região Norte (54,6%) e Nordeste (53,87%). No Sudeste, o percentual chega a 84,7%.
   “Infelizmente ainda não conseguimos reduzir no país  essa diferença entre as regiões. Os programas de transferência de renda do governo ajudam, mas não resolvem essa desigualdade, já que em locais de mais renda é maior também o atendimento via rede privada. Estamos perdendo crianças diagnosticadas tardiamente com doenças graves”. De acordo com a pesquisa, é pequeno é pequeno também o percentual de crianças com menos de 2 anos que tiveram sua primeira consulta médica até sete dias depois de ter tido alta da maternidade. No País, apenas 28,7% das crianças fizeram exames na primeira semana fora do hospital.  No Norte, o percentual cai para 17,7%.
    O chamado teste do olhinho, exame que o médico lança um foco de luz vermelha no fundo do olho do bebê, para ver se não há problemas com a retina. No país, 51,1% fizeram o exame na primeira semana de vida. Vaz explica que se,  por algum problema na retina, a criança não desenvolver a visão nos primeiros meses de vida, há chance de ela desenvolver cegueira definitiva. O mesmo corre com audição. Se a criança for diagnosticada com problema e não for diagnosticada nos os seis primeiros meses, dificilmente ela conseguirá, a despeito do problema de audição, desenvolver a fala, por exemplo. O teste da orelhinha é feito por 56% das crianças na primeira semana de vida. “Se levar dois anos para perceber o problema, já será tarde”.(LUCAS VETTORAZZO – FOLHAPRESS, página 10, FOLHA SAÚDE, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, segunda feira, 31 de agosto de 2015).
 

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