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sábado, 5 de setembro de 2015

SOLUÇÃO HUMANITÁRIA




   A imagem de uma criança de apenas três anos morta em uma praia da Turquia chocou o mundo. Virou o símbolo da luta dos refugiados que fogem dos horrores da guerra civil na Síria. No entanto, há também imigrantes da Eritreia (país localizado no norte do continente africano) que fogem da repressão política, do Iraque e do Afeganistão onde também há conflitos e da África subsaariana, países extremamente pobres. Sem opções em sua terra natal e buscando melhor qualidade de vida, a maioria deles tenta chegar aos  países  europeus mais ricos, como Alemanha e Inglaterra.
   O problema é grave e exige soluções humanitárias. Fechar fronteiras, espantar essa população com muros e cercas e deixando essas pessoas morrerem afogadas ou sufocadas em caminhões frigoríficos são atitudes desumanas  e que ainda contribuem para fortalecer quadrilhas de tráfico de pessoas. Além de cobrarem quantias altas para a travessia, há relatos de violência e inanição. É hora dos países de coalizão encontrarem uma solução que ao menos minimize a condição de miséria desses refugiados. O mundo não pode fechar os olhos para esse movimento .
   Estimativas das Organizações das Nações Unidas (O N U)  apontam que a Europa precisa realocar cerca de 200 mil refugiados. Ontem, o Alto Comissáriado das Nações Unidas para os Refugiados declarou que todos os países da União Européia devem ter participação obrigatória no programa para abrigar essas pessoas. A situação é tão séria que está sendo considerada a maior crise imigratória desde a Segunda Guerra Mundial. Em Julho mais de 100 mil imigrantes chegaram à Europa, o maior número já  registrado pela agência de fronteiras da União Européia.
   Essa crise não será resolvida sem uma resposta conjunta dos países. Também é importante acrescentar que manifestações xenofóbicas devem ser repudiadas  veementemente. Em situações como a enfrentada atualmente, a prioridade deve ser o salvamento de vidas, como afirmou o secretário-geral da O N U,Ban Ki-moon. ( Página 1, FOLHA OPINIÃO  opinião@folhadelondrina.com.br  publicação do dia 5 ee setembro de 2015, sábado, pelo jornal FOLHA DE LONDRINA). 

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