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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

LONDRINA PODE GANHAR FÁBRICA JAPONESA



  Segundo a Câmara de Comércio e Indústria Brasil Japão, a Microsonic quer implantar uma unidade no Parná


   Londrina pode ser escolhida para receber uma planta da Microsonic , indústria japonesa que produz equipamentos de ultrassonografia. A informação é do presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná, Yoshiaki Oshiro. Ele esteve ontem em Londrina acompanhando uma comitiva de representantes da Universidade Shinshu, de Nagano, no Japão.
   Somente em 2014 e neste ano, Londrina recebeu oito comitivas de japoneses das mais diversas áreas, Entre empresários, políticos e acadêmicos. No ano passado, o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) esteve no Japão em busca de parcerias.
   Durante entrevista na sede da Associação Médica de Londrina (AML), Oshiro citou a Microsonic após ser questionado sobre resultados dos concretos dos trabalhos de aproximação entre Londrina e o Japão. Ele afirmou que a empresa ainda não definiu a cidade onde vai se instalar, mas disse que os empresários gostaram de Londrina.
   O presidente da Câmara procurou minimizar a importância de a região receber uma grande corporação japonesa.  “ Curitiba tem grandes corporações, que, com a crise, fecharam postos de trabalho. Uma empresa (como a Microsonic) é mais importante que uma grande corporação “, disse.
   Segundo Oshiro, a Universidade Shinshu é a principal na área de tecnologia no Japão e a comitiva de lá tratou de parcerias em tecnologia no Hospital do Câncer de Londrina (HCL) e no Hospital do Coração. Ele propôs a criação de três polos de bambu no Paraná: em Londrina, Colombo e Foz do Iguaçu. E justificou alegando que a planta é a que produz a melhor celulose para nanotecnoligia. Questionado se a ideia é trazer investimentos japoneses para desenvolvimento de nanotecnologia, ele respondeu que é “ melhor começar com algo mais simples “, se referindo ao cultivo de bambu.
   Sobre uma possível diminuição do interesse do Japão pelo Brasil diante da crise econômica, ele também minimizou. “ O interesse diminui para as grandes empresas, não para as menores”,
   Também presentes na AML, o prefeito Alexandre Kireeff disse que mantém “linha direta” com o empresariado japonês via Câmara do Comércio e Indústria. “Estamos construindo credibilidade. É o passo inicial para ter investimento”, afirmou. Ele disse acreditar na vinda de empreendimentos nipônicos, mas sempre em parceria com empresários daqui. “ Vêm em forma de join venture (com empresas brasileiras). Sozinhas não vêm ”, contou.
   O representante da Universidade Shinshu, Yoshima Miura, contou que sua equipe fechou acordos de cooperação com os hospitais visitados ontem e também com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). E que já havia fechado anteriormente convênio na área de pediatria coma Universidade Estadual de Londrina (UEL).
   Professores de Shinshu entrevistaram ontem estudantes brasileiros candidatos a intercâmbio na Universidade. “ Não podemos deixar de fazer intercâmbios com o Brasil devido ao grande número de imigrantes japoneses no País. Precisamos voltar os olhos para o Brasil. Já são mais de 100 anos de imigração “, declarou.
   André Luiz Correia Bueno, estudante de análise de sistema e morador de Ibiporã, foi um dos entrevistados. “ Estou acabando o curso de graduação. Conhecer o Japão é um sonho e uma grande oportunidade de aprimorar meus conhecimentos “, afirmou. No início da noite, quem esperava por entrevista era a estudante de moda Caroline Ando Kawakami. Ela ainda não sabia se há oportunidades em sua área. “ Mas meu sonho é ir estudar no Japão”, declarou. ( NELSON BORTOLIN – REPORTAGEM LOCAL,  página 3, FOLHA ECONOMIA 7 SUSTENTABILIDADE, terça-feira, 22 de setembro de 2015, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA). 

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