Páginas

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

FATORES SOCIAIS INFLUENCIAM SAÚDE DE IDOSOS



   Brasil é apenas o 56 em ranking mundial que avalia condições socioeconômicas de pessoas acima de 60 anos em 96 nações.

   A ONG  HelpAge International, em parceria com a Universidade de Southhampton, do Reino Unido, divulgou ontem o estudo Global AgeWatch Index sobre as condições socioeconômicas de pessoas acima de 60 anos. Entre os 96 países analisados, o Brasil aparece em 56º no levantamento que afere dados de quatro categorias: renda, saúde, educação e emprego e ambiente favorável. A Suíça  é a nação mais bem colocada  quando o assunto é qualidade de vida dos idosos e o Afeganistão apresentou os piores indicadores.
  No Brasil, o melhor quesito é a renda ( 13ª posição no mundo ), com uma alta cobertura de renda de pensão  (86,3%) e uma baixa taxa de pobreza na velhice (8,8%). OO País está em posição intermediária no ranking no que se refere à saúde e à educação e emprego. Em relação à saúde dos idosos, o Brasil  ocupa o 43º lugar, com um expectativa de vida de  21 anos após os 60 anos – um ano menos que a média nacional.
   Em relação à educação e emprego, o País está em 58º lugar. Segundo o estudo, houve melhora nesse quesito em relação ao ano passado, graças à revisão dos dados educacionais e ao aumento da tqaxa de emprego entre idosos. O pior aspecto para os idosos brasileiros, de acordo com a pesquisa, é a categoria “ambiente favorável”, na qual o País está entre  os últimos : 87º lugar. De acordo  com o estudo, a razão para isso são as taxas, abaixo da média regional, de “satisfaçãocom segurança” (28%) e “acesso a transportes públicos “ (45%).
SAÚDE MENTAL
   Na avaliação do geriatra Marcos Gabrera, a pesquisa aponta que a saúde dos idosos também depende de “condições psicossociais”  que reflete no aumento da qualidade de vida aliado  a crescimento da expectativa de vida. “ Nas questões econômicas e de saúde, o País está em uma posição intermediária. Mas, os indicadores caem nas áreas que avaliam  a sociabilidade, cidadania e o direito de estudar e trabalhar do idoso. Issoi tudo é importante para a saúde física, mental e para o envelhecimento com qualidade “, analisou.
   O médico comentou que o Brasil tem uma “legislação avançada” na defesa dos direitos dos idosos, no entanto, a realidade ainda fica distante das conquistas garantidas pelas leis. “ A Auíça não se destaca porque possui hospitais mais bonitos e medicamentos. O respeito da sociedade reflete na saúde e na qualidade de vida dos  idosos. Apesar da nossa legislação, as pessoas ainda não respeitam os assentos preferenciais”, opinou.
   Segundo o estudo, a Suíça lidera o ranking de melhores países para os idosos, seguido de perto pela Noruega. Em seguida. Vêm Suécia, Alemanha, Canadá, Holanda, Islândia, Japão, Estados Unidos e Reino Unido. O país sul-americano com melhor colocação é o Chile, em 21ºlugar. O Uruguaí (27º) , a Argentina, em 31
º, a Colômbia (36º), o Equador ( 44º ) o Peru  ( 48º )também têm posições melhores que a do Brasil. Os piores países para idosos na América do Sul são o Paraguai ( 69º ) e a Venezuela ( 76º ). ( com Agência Estado ).  RAFAEL FANTIN, Reportagem Local).


SEGURANÇA E SAÚDE,  AS MAIORES PREOCUPAÇÕES.

   O aposentado Joselino Bonfim, morador do centro de Londrina, corre mais de 10 quilômetros pelo menos três vezes por semana para cuidar da saúde e manter a forma física. “ Eu faço alongamento em casa e venho correndo até a barragem do lago Igapó para fazer exercícios na academia ao ar livre. São aproximadamente quatro quilômetros na ida e na volta. Antes, ainda faço uma caminhada de sete quilômetros em volta do lago, comentou.

   Além da saúde, ele também revela que se preocupa com o fator segurança. “ Tem que ter cuidado na hora de sair de casa, principalmente durante  noite.  Outro  dia, duas pessoas tentaram parar o meu carro, em um cruzamento, mas consegui desviar”, lembrou.
   Moradora do Jardim Igapó, zona sul, Fátima Aquino criticou o atendimento público na área da saúde, principalmente o agendamento de consulta pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “ Demora pelo menos três ou quatro meses. O idoso  que depende do SUS precisa adivinhar que vai ficar doente antes para pedir a consulta com antecedência”, ironizou. ( R.F.) Página 8, FOLHA  GERAL, quinta-feira, 10 de Setembro de 2015, publicação do Jornal FOLHA DE LONDRINA

Nenhum comentário:

Postar um comentário