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sexta-feira, 10 de julho de 2015

MAGIAS DO CORRIQUEIRO FANTÁSTICO



   A escuridão não penetra na luz. Imaginemos um compartimento escuro fechado ao lado de outro iluminado. Se abrimos a porta do escuro, a escuridão não invadirá o que está pleno de luz. Já o contrário acontecerá: a luz inundará o ambiente escuro. Simples – dirão – e todos sabemos  disso. Mas como explicar essa lei da física? O mistério persiste. Assim como tantas coisas do corriqueiro fantástico que nos cercam, e tão acostumados estamos a elas que nem nos detemos para refletir.
   Por exemplo, o germinar de uma semente. A resposta simplória a esse fenômeno será a impulsão dos nutrientes da terra, aliados à umidade e à energia solar. E como dentro da minúscula semente aloja-se uma planta potencial, com seus ramos e folhas e flores e frutos, e mais sementes da espécie  garantindo-lhe a perpetuidade? Um processo da genética,  será a resposta da maioria e mesmo da ciência convencional. Mas há mais que isso. Há uma energia imanente que move tudo isso e que se esconde no recôndito do mistério. E esse mistério é o indecifrável poder transcendente. É a magia da ação divina a que se dá o nome de Deus.
   E o que dizer do fenômeno, associado harmonicamente ao agente masculino, que gera um ser no cálice sagrado da mãe? Essas são fantásticas realidades.  Como o sol que surge e se põe todos os dias com precisa regularidade; como a dança cadenciada de todos os astros e planetas; como a noite que chega para encerrar o dia e nos proporciona o repouso; a permissão que nos foi dada por dormir e sonhar, viajar pela noite fora do corpo, até que chegue um novo dia para concretizar nossos sonhos.
   Pensar que bilhões de galáxias nos circulam e nelas bilhões e bilhões de esferas giram e pulsam vida, e nós nos negando a crer que há povoamento no universo a não ser os anjos e santos catalogados pelos sistemas de crenças. Tudo isso é de uma engenhosidade tamanha que nos faria enlouquecer se buscássemos explicá-la à luz do entendimento humano. E constatar que há os que negam a existência de um poder superior, ufanos de sua imaginária autossuficiência. ( Texto escrito por WALMOR MACCARINI, jornalista em Londrina, página 2,
ESPAÇO ABERTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, quinta-feira, 9 de julho de 2015). 

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