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sexta-feira, 22 de maio de 2015

AS TRÊS VIRTUDES IDEOLÓGICAS



   Nós temos presenciados nesses dias, três (3) deslocamentos significativos de refugiados pelo mundo em busca de um lugar seguro para viver, para trabalhar, para se alimentar e para se livrar de perseguições étnicas, a saber: haitianos e dominicanos para o Brasil, líbios, ganeses, sudaneses e somalis para a Itália, minorias étnicas de Mianmar para a Indonésia, para a Malásia e para Cingapura.
   Com exceção daqueles que alcançam o Brasil por terra, os africanos e os asiáticos se lançam ao mar em embarcações precárias, capitaneadas por traficantes de pessoas, cujo destino muitas vezes é permanecer à deriva ou naufragar.
   Segundo o consagrado biólogo evolucionista  Jared Kiamond, “boa parte da história humana é constituída de conflitos desiguais entre os que têm e os que não têm; entre os povos que dominavam a agricultura e aqueles que não dominavam; ou entre aqueles que adquiriram esse domínio em diferentes momentos”.
   Acontece que, em pleno século 21, revela-se inconcebível que nações desenvolvidas, nações emergentes e e nações em desenvolvimento se recusem a receber refugiados, perseguidos, velhos, mulheres e crianças em estado de miserabilidade, com a simples justificativa de que não possuem  infraestrutura  adequada para acomodá-los.
   Cabe aqui a recordação das três virtudes ideológicas: esperança, fé e caridade. A esperança é o sentimento ancorado no coração dos homens que permite à humanidade suportar suas misérias, seus sofrimentos e seus fracassos. A fé é uma força que se manifesta no coração do homem e o leva a dar, sem falhas, toda a sua energia e mesmo sua vida para perseguir o ideal engendrado pela esperança. A caridade é o sentimento que nos conduz a levar alívio e consolação aos nossos semelhantes miseráveis e infelizes. A caridade é a beleza da alma que permite adoçar a vida tão dura e tão dolorosa de tantos seres viventes.
   Em arremate, vejamos,os ensinamentos de São Paulo: apóstolo na primeira epístola aos coríntios: (13, 1-3): “Quando tiver o dom da profecia e conhecer todos os mistérios e toda a ciência; quando tiver a plenitude da fé, uma fé a transpor as montanhas, se não tiver caridade, nada serei...”. ( Texto escrito por RICARDO LAFFRANCHI,  advogado , página 2. Espaço  ponto de vista, publicação do JORNAL DE LONDRINA, sexta-feira, 22 de maio de 2015).

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