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domingo, 10 de maio de 2015

AMOR INCONDICIONAL


          Mulheres que se tornaram mães graças à adoção falam sobre esta experiência transformadora.
                                             
   O próximo domingo vai ter um significado especial para a administradora Vânia Santos Theodoro. Após seis anos na fila de adoção, ela vai passar o primeiro Dia das Mães ao lado do filho Samuel, de 1 ano e dois meses, que há dez meses chegou para alegrar a família. “Vai ser um dia especial, já estou toda emotiva. Digo que estou como uma criança, ma expectativa, pois é uma coisa que sempre sonhei”, conta ela.  Como  o marido, Marcos Theodoro, não pode ter filhos, logo o assunto adoção passou  fazer parte dos planos do casal. “Chegamos a tentar a fertilização, mas não deu certo. Em 2009 demos entrada na papelada e em 2009 já estávamos habilitados para adotar!, relembra Vânia.
   Mesmo tendo que aguardar vários anos pelo tão sonhado filho, Vânia acredita que a espera valeu a pena. “A adoção era uma coisa comum na minha família, por isso, para mim essa era uma questão bem tranqüila.  Mas  esses anos foram bons para amadurecermos a  ideia  como casal”. Mesmo aguardando ansiosos pelo filho, Vânia e o marido precisaram correr contra o tempo quando Samuel chegou.
   “Conto como o início da minha gestação o dia que fomos ao fórum e nos falaram que havia um bebê para nós.  Naquele  momento foi como se eu tivesse ouvido: você está grávida”, conta ela, que precisou preparar tudo em nove dias para receber Samuel. “Foi uma gravidez de nove dias . No dia em que nos avisaram não pudemos conhecê-lo, mas independente de como ele fosse nós já o queríamos.  Só fomos nos encontrar com ele três dias depois,  mas no dia seguinte já mudei o quartinho e comprei tudo o que precisava”.
   Nesse período, além de preparar a casa para receber Samuel, Vânia ganhou um chá de bebê da família e amigas, e preparou as lembrancinhas para as visitas que o filho receberia em casa, tudo conforme manda a tradição. “Quando o conheci, na hora já senti que ele era meu filho. O achei lindo, perfeito!”, lembra. Durante os dias em  que visitou Samuel no abrigo, Vânia fez questão de levar fotos da família . “Sempre chegava lá para dar a primeira mamada do dia. No primeiro dia levei fotos nossas e deixei junto ao berço. Depois, as mulheres que cuidavam dele me contaram que ele sempre olhava para as fotos e dava risada. Hoje essas fotos fica no  corredor aqui de casa e ele vive olhando para elas.  Acho  que foi uma referência para ele”
   Conforme Vânia, a adaptação de Samuel em casa foi bastante tranqüila. “Até nos surpreendeu, de tão positiva. No começo sempre bate aquela insegurança.  Me perguntava: será que ele vai gostar de mim?  Hoje  adoro quando vou buscá-lo em algum lugar e ele me reconhece, logo ergue os bracinhos para eu pegá-lo “, diz emocionada. “Reconhecer nele o amor e a gratidão que ele tem para com a gente é a melhor parte.  Vemos  que ele se sente seguro aqui “, completa.  ( (Bruna Quintanilha/ Reportagem Local/ Foto : Saulo Ohara) FONTE; FOLHA DA SEXTA, páginas 14 e 15, COMPORTAMENTO, publicação do jornal FOLHA DE LONDRINA, sexta-feira, 8 de maio de 2015).

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