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sábado, 11 de abril de 2015

LONDRINA





Quisera  tanto, LONDRINA,  fazer-te um poema!                                      
Um poema que falasse dos pioneiros
embrenhando-se nas matas, nos lombos dos burros,
abrindo picadas e fazendo
de cada clareira uma conquista!
Quisera ouvir todos os teus zumbidos,
aquecer-me no calor do fogão à lenha
dos ranchos de palmito,
ouvir o grito dos primeiros meninos,
o alarido das serras, o repicar  dos sinos,
o canto dos carros de boi...
- sentir o pulsar da vida que se foi!...
Hoje vejo teus arranha-céus
as  torres que se elevam em infinitas preces,
os estudantes cruzando as ruas
em alegre folgar;
as chaminés, em espirais de fumaça,
testemunhando que aqui se traça
o futuro com muita garra!
Ontem, risonha menina,
airosa, singela, faceira!
Hoje, cheia de encantos  e de quebrantos
feiticeira!
LONDRINA do “lambe-lambe”, dos ipês,
das  perobas, do bosque,
das raízes descomunais,
das colinas de gado pontilhadas,
do café, dos cereais,
dessa terra que jamais
deixou de ser dadivosa!
LONDRINA, que vaidosa
encanta por sua beleza!
Ah!  LONDRINA,  quanta leveza
na  tua brisa trazendo sonhos,
varrendo medos e incertezas!
LONDRINA, do Igapó, da Concha,
da mata virgem do GODOY,
do Horto, Campus, Museu;
das revoadas, dos ninhos,
das roças, dos mil caminhos,
cobertos de tanta história!
Cidade de fibra, de raça,
que a cada dia que passa
se torna mais atraente!
Povo audaz, laborioso,
terra onde o filho ausente
retorna sempre saudoso!

Um dia... (quanta ventura!... ),
juntarei o barro e o mel,
o som do berrante, a voz dos sinos,
a prosa dos velhos,  riso dos meninos,
as flores das avenidas, o eco dos festivais,
o progresso palpitando em cada esquina,
o divino poente que a alma enternece...
-   e farei em forma de prece,
o mais lindo poema de amor a LONDRINA!  ( Do livro Poemas FLOR DE OUTONO, pág 75 e 76, da poetisa LEONILDA YVONNETI SPINA).

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