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terça-feira, 15 de abril de 2014

CRISE NO IBGE ( Extraído do editorial OPINIÃO DA Folha de Londrina, segunda-feira, l4 de Abril de 2014 )


  A recente crise instalada no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) é preocupante. Embora seja um órgão estatal, o IBGE construiu um histórico de resistência às interferências governamentais e, ganhou credibilidade junto à população. É responsável pela medição e divulgação de dados importantes referentes à economia, como inflação oficial, taxa de emprego, produção industrial , crescimento populacional, entre outros vários indicadores.                                           
Agora, é de causar estranheza que em um  ano eleitoral, no qual a presidente Dilma Roussef ( PT ) é candidata à reeleição e vários de seus correligionários são candidatos a cargos eletivos, que ocorra uma questionamento a ponto de suspender a divulgação de uma pesquisa. O pivô da crise no IBGE foi o cancelamento da divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios  Contínua ( Pnda ) pelo Conselho Diretor do instituto. Sem avisar previamente o corpo técnico , a pesquisa foi suspensa, até Janeiro de 2015, “ para uma revisão na  “metodologia  “.          

 A decisão foi tomada após questionamentos dos senadores Gleisi  Hofmann  ( PT – PR )  e Armando Monteiro ( PTB-PE ) sobre a precisão das informações sobre a renda  domiciliar  per capita. A Pnda é a base para o cálculo do rateio do Fundo de Participações dos Estados.  No entanto, o que tem sido ventilado é que os números da Pnda são desfavoráveis ao governo , principalmente em um  ano eleitoral. Na última quinta-feira foram divulgados dados sobre o trabalho, que apontaram que a taxa média de desemprego no Brasil ficou em 7,l% no ano passado.  Por região os números mostram distorções. , como um índice apurado de 4,2% no Sul e 9,5% no  Nordeste. O desemprego de jovens foi de 15% e subiu para 20%  no Nordeste. Embora o mercado de trabalho tenha melhorado nos últimos anos,  não se pode negar que os índices são extremamente negativos.

     O problema é que especulações desse tipo podem levar ao temor de que os resultados das pesquisas  passem por “ maquiagem  “, a exemplo do que ocorre na Argentina. O que não pode ocorrer – e mais uma vez é preciso que a opinião pública fique atenta – é o aparelhamento político de órgãos com o  IBGE. E inaceitável que continue a ocorrer interferências como a registrada nesta semana.

Um comentário:

  1. Em diversas unidades da Embrapa ocorre mesma coisa. Aparelhamento. Enquanto pesquisadores sérios tentam das tripas e coração fazer pesquisa com agricultura, vários CCs e alguns novos concursados (vindos do PT) fazem funções não condizentes com agricultura, como por exemplo participar de reuniões sobre paradas de orgulho gay, marcha das vadias e por aí vai; tudo com aquele vies ideológico esquerdista radical e caolho. E a agricultura... que se lixe. Esse estrago nas empresas governamentais é um atraso e talvez nunca mais seja recuperado. Esse é o projeto de poder (não de governo) do ParTido. Muda Brasil

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